16 de novembro de 2017

Pedi-lhe para levar-me aos quatro cantos do mundo. Do mundo meu no qual dissipei-me, perdido para mim mesmo. Mundo onde as obras das minhas vontades loucas nunca se completam, pois nada é incompleto, nada é inacabado, nem a solidão: a indivisível, una e sempre sóbria. Pois nada é incompleto na última passagem através do tempo que molda as incertezas e as eleva aos mais sagrados céus da nossa verdade. E nesses quatro cantos encontrei os meus pedaços. De mim as minhas partes, para que num último e coletivo abraço, encontrasse a alegria de sentir que nada é perdido para sempre enquanto a esperança nutrir o corpo e o atirar ao seu caminho.
Das coisas que falei com ela, não muito trago na memória, pois leve caminhei quando passei no último portal da minha anterior existência. E leve caminhei ao encontro do meu fogo. Foi ele que me recebeu e acariciou e me lambeu as feridas, e me tornou tão puro, tão desprovido de quaisquer sentidos. E no âmago do momento quando o meu último respiro deixou a minha alma... lá implantou a última palavra que ficou..
..amo-te!
....
(Denis Getman)



Sem comentários:

Enviar um comentário