6 de maio de 2018

Não precisamos de ser todos iguais,
porque o que é semelhante aborrece, o que é diferente enriquece.
Não precisamos de ser diferentes só porque sim,
alienados, afastados, isolados.
Tão pouco precisamos de ser indiferentes a tudo,
atentos apenas ao nosso mundo,
fechados sobre o próprio e cego desejo de ser, de prevalecer, de convencer.
Não precisamos de verdades incontestáveis,
de leis intocáveis,
de crenças cegas,
de roupas brancas,
de caras lavadas.
Afinal somos todos somente e apenas humanos.
Celebramos a nossa fragilidade.
Brindamos à impermutável inconstância das ideias.
À nossa paixão de explorar as margens
do vasto mar das incertezas!
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(Denis Getman)